Aditivos Verdes – Revista Tintas e Vernizes
Pauta Aditivos Verdes – Revista Tintas e Vernizes Porta-voz: Amadeu Paiva Na visão de Amadeu Paiva, coordenador de desenvolvimento da Braschemical, para um aditivo ser “verde” não basta que seja menos perigoso para a saúde humana e ao meio ambiente na sua forma comercial. Para ele, é preciso entender todo o ciclo de vida desde a origem, os métodos de produção, o manuseio e transporte, o prolongamento da vida útil para redução de resíduos, até a reutilização ou reciclagem. “Na medida em que o mercado vai se sofisticando, cresce o interesse por tintas inteligentes, funcionais. As Smart Coatings vão ganhar espaço”, comenta Paiva ao mencionar que já existem muitas soluções em aditivos que podem ajudar a reduzir a energia necessária para alimentar sistemas de ar condicionado, por exemplo, diminuindo as emissões de gases de efeito estufa. Na questão do processo produtivo, cita os pigmentos brancos de opacidade que, segundo ele, tem uma pegada de carbono muito menor que a do dióxido de titânio durante sua produção, assim como aditivos de proteção ultravioleta (UV) que prolonga a vida útil das tintas, reduzindo a geração de resíduos. A Braschemical destaca os aditivos de PTFE (Politetrafluoretileno), da representada Shamrock, com baixo teor de PFOA (Ácido Perfluorooctanóico); além dos retardantes de chama não halogenados da JLS e dos biopolímeros reológicos Ziboxan, da Deosen. Amadeu Paiva, coordenador de desenvolvimento, explica que os retardantes de chamas não halogenados da JLS são aditivos usados na formulação de tintas e revestimentos intumescentes, ou seja, que se submetidas ao calor se deterioram formando uma barreira de baixa emissão de fumaça. “Essa camada protegerá a estrutura por um determinado período de tempo, e este comportamento é vital no caso de um incêndio. O uso desse produto químico sensacional e de última geração pode salvar muitas vidas. A JLS possui laboratórios completos para desenvolvimento e avaliação de ensaios de flamabilidade que podem apoiar os clientes no desenvolvimento e avaliação de tintas intumescentes, como, inclusive já foi realizado para alguns de nossos clientes com perfil de inovação e soluções sustentáveis”, menciona Paiva. No caso dos aditivos de PTFE, eles são amplamente utilizados na indústria de tintas para conferir resistência a risco, antiblocking e deslizamento, porém o processo de produção pode gerar uma parcela residual de ácido perfluorooctanóico (PFOA). O coordenador pontua que a Shamrock desenvolveu uma linha especial de aditivos de PTFE com níveis PFOA quase indetectáveis, abaixo de 25ppb (partes por bilhão), e estes baixos níveos estão em conformidade com o recomendado pelos organismos reguladores Europeus. Em relação a linha Ziboxan, da representada Deosen, são biopolímeros para controle de viscosidade e estabilidade de sistemas aquosos. Devido sua natureza atóxica, são amplamente utilizados em tintas escolares e artísticas. Segundo Paiva, apresentam rápida recuperação da viscosidade após cisalhamento, ótimas propriedades antisedimentação e alta eficácia com baixas dosagens. “Além da satisfação pessoal por saber que estamos contribuindo com um mundo mais saudável, na medida em que o mercado se torna mais consciente, possuir no portfólio produtos “verdes” se torna um diferencial qualitativo do ponto de vista do consumidor, agrega valor à marca e contribui na diferenciação entre os concorrentes”, observa Paiva ao ressaltar que na Braschemical desenvolver matérias-primas “verdes” é o foco principal.